A Guerrilha do Araguaia
De acordo
com o historiador Armando Alves Filho, as lutas na região do Araguaia se deram
em três campanhas. Começando em abril de 1972 e encerrou em janeiro de 1975.
Foram usados cerca de 10 mil homens em todo o período do conflito.
A primeira
campanha tinha como objetivo prender os jovens “subversivos” (a população do
Araguaia chamavam de paulistas) que as forças armadas (exercito, marinha e
aeronáutica) chamavam de comunistas (o Brasil vivia a ameaça do fantasma do
comunismo). Enviando cerca de 2 mil soldados para as cidades de Marabá e
Xambioá, fizeram entradas na floresta e agiram com violência contra a população
local. Que não aprovaram e passaram a apoiar os paulistas, levando desta forma
a vitória dos guerrilheiros. Houve perda
dos dois lados, mas o exercito vendo que recrutas haviam sido mortos em combate
resolvem enviar soldados mais experientes.
(Em nome da “segurança nacional” os
militares tentavam convencer os locais de que os paulistas eram assaltantes de
bancos, estupradores e homossexuais. Diziam também que as mulheres que lá
estavam eram prostitutas em São Paulo).
A segunda campanha chegou à região do Araguaia mais preparada, com apoio de jagunços, bate-paus, caçadores e mateiros conseguiram adentrar a floresta com mais facilidade. Tentaram ajudar a população local (distribuíam remédios e vacinas), com o intuito de cativa-los e isolar os guerrilheiros. Alguns guerrilheiros foram presos e levados para Brasília onde foram submetidos a interrogatórios, os interrogados não tinham acesso aos planos da Guerrilha.
Os
jornais estavam proibidos de divulgar qualquer noticia sobre a guerrilha, porém
em setembro de 1972 o jornal “O Estado de São Paulo” publicou uma matéria sobre
as lutas na região do Araguaia. O jornal “O Araguaia” foi editado por membros
do PCdoB e a noticia do que estava acontecendo no Araguaia tomaram repercussão
mais ampla.
Mesmo com a
morte de membros da comissão organizadora da guerrilha, os paulistas sentiram
se vencedores já que houve a adesão de mais pessoas a guerrilha.
A terceira campanha inicia-se em outubro de 1973, as forças armadas voltam a agir com truculência com os moradores do Araguaia, pois achavam que estavam unidos com os guerrilheiros. Nesta fase foram mortos os principais lideres da guerrilha, entre eles o “Osvaldão”. Em janeiro de 1975 as forças armadas encerraram suas atividades na região.
Vídeo sobre: https://youtu.be/KEW0QOIe5Mk
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